Aluna NYS conta como está sendo intercâmbio na Irlanda

Franciele em frente ao belíssimo prédio da Universidade de Cork.

No bate-papo de hoje, conversamos com a ex-aluna NYS, Franciele Gobi. Formada pela New York School em 2009, Franciele é estudante de Engenharia Química na Unioeste de Toledo e está realizando um sonho. Através do programa Ciência sem Fronteiras do Governo Federal, a dedicada aluna foi selecionada para dar continuidade a sua graduação na Irlanda.

A Universidade escolhida foi a UCC (University College Cork), fundada em 1845 ela é um das líderes em pesquisa acadêmica da Irlanda. A UCC oferece um ambiente multicultural, possui uma variedade de cursos de graduação e pós-graduação com mais de 18 mil estudantes matriculados.

Desde setembro morando em Cork, segunda maior cidade da Irlanda, Franciele ainda está se adaptando a nova realidade e neste bate papo vamos conversar sobre o seu curso, sua estadia, suas expectativas e muito mais.

NYS – Aqui no Brasil você estava estudando, como está funcionando a continuidade da sua graduação?

Franciele – No Brasil estudo Engenharia Química, na UNIOESTE de Toledo, mas aqui na Irlanda me matriculei em matérias de Engenharia de Processos e de Engenharia de Energia.  Como meu programa é de apenas um ano de intercâmbio, ele permite essa flexibilidade com relação à escolha de matérias de outros cursos.

NYS – Conte como foi o processo de seleção? E  como funciona “o depois”,  você teve alguma assistência?

Franciele – O processo de seleção começou com a minha inscrição no edital da Irlanda para o Ciência sem Fronteiras. Nela eu tinha que anexar na plataforma do programa o comprovante de proficiência em inglês, então fiz o TOEFL, além do meu histórico escolar e comprovante de iniciação científica. A pré-seleção consistia da aprovação dos alunos pela universidade e então a aprovação pela CAPES (que é o órgão que concede as bolsas). Depois dessas aprovações, na etapa seguinte eu pude escolher três universidades irlandesas nas quais eu gostaria de realizar o intercâmbio e mandei os documentos exigidos por cada uma. Depois da análise das inscrições, as universidades deram um parecer, felizmente as três me aceitaram e eu escolhi estudar na University College Cork, que era a minha primeira opção desde o começo.  Como o Ciência sem Fronteiras é um programa financiado pelo governo, depois que eu voltar eu devo fazer um relatório sobre o meu intercâmbio e devo permanecer no Brasil pelo menos a mesma quantidade de tempo que fiquei fora do país.

NYS – Qual é a sua expectativa, o que esse intercâmbio significa para você?

Franciele – Minha expectativa é ter um diferencial no meu currículo profissional e acadêmico, além de melhorar meu inglês através da prática diária. Além disso, essa é uma experiência que está me proporcionando um grande crescimento pessoal. É a realização de um sonho, sempre quis estudar no exterior, não somente inglês, mas realmente fazer um curso superior. Esse intercâmbio significa a chance de crescer em todos os sentidos possíveis: profissional, acadêmica e pessoalmente, e também de deixar meus pais orgulhosos, pois tudo o que eles fizeram por mim e me ensinaram contribuiu para eu chegar até aqui.

NYS – Conte um pouco sobre:

• Estudos, a faculdade

Franciele - O sistema de ensino é diferente do sistema com o qual eu estava acostumada no Brasil, mas não significa que seja melhor. Não senti nenhuma grande dificuldade a não ser a de me adaptar em assistir aulas em inglês, o que aconteceu muito naturalmente em algumas semanas. A recepção por parte dos funcionários da faculdade foi excelente, desde o começo eles fizeram de tudo para deixar os alunos brasileiros à vontade e se prontificaram a nos ajudar com o que precisássemos. A UCC conta com um grande número de estudantes internacionais, o que facilita a interação com pessoas de diversos lugares do mundo.

• Estadia

Franciele – Moro no prédio de acomodação da própria Universidade, com outras três irlandesas. O prédio fica 15 minutos a pé do campus e é ótimo. Os funcionários dão toda a assistência necessária e são sempre muito prestativos.

• A cidade 

A bela e organizada cidade de Cork.

Franciele – Apesar de ser a segunda maior cidade da Irlanda, Cork tem apenas cerca de 120 mil habitantes. É muito fácil de me locomover aqui, posso ir ao centro a pé. O sistema de transporte é ótimo, o ônibus nunca atrasa e todos possuem wi-fi. Por ser uma cidade relativamente grande para os padrões irlandeses, aqui eu encontro todos os tipos de lojas presentes nas grandes cidades da Europa. Cork é uma cidade muito limpa e possui vários rios, que a tornam ainda mais bonita.

• Pessoas, a comunicação

Franciele – Os irlandeses são pessoas muito receptivas e educadas. Estão sempre prontos a ajudar. Estou encantada com esse país e com as pessoas daqui.  Sobre a comunicação, a New York School forneceu toda a minha base em inglês, sempre tive os melhores professores e isso me ajudou muito desde que cheguei aqui. Tirando a dificuldade em entender o difícil sotaque irlandês nos primeiros dias, eu não tive problemas nenhum em me comunicar aqui, e até recebi alguns elogios quanto ao meu inglês! Tenho muito a agradecer à NYS.

A volta está programada para o segundo semestre de 2014, até lá Franciele pretende aproveitar o tempo que tiver livre para conhecer outros lugares da Irlanda e ainda outros países.